04/05/2009

poema para o desespero materno


Vi as bestas expulsas do coração da minha mãe. Não há distinção
entre a minha carne e a sua tristeza.

Antonio Gamoneda, Ardem as Perdas

7 comentários:

genital apoteótico disse...

É provavelmente o poema da minha vida.

Flávio Lopes da Silva disse...

é provavelmente um poema a servir de pequeno-almoço. estive dois minutos a reflectir.
abraço.

Anónimo disse...

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a carne de um como prolongamento da tristeza do outro ou vice-versa?
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não posso comentar, mas gostava de ler na versão original.
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genital apoteótico disse...

A carne e a tristeza de ambos são a mesma coisa. Não percebo o que queres dizer com versão original. Mas aconselho-te a comprar o livro. Está editado na Quasi, graças ao valter.

Anónimo disse...

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eu não o entendo assim, como sendo a mesma coisa porque seria demasiado redutor. para mim, claro.
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o encanto disto é o proporcionar leituras diversas segundo a natureza de cada um.
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a versão original em castelhano. há pequenas nuances que por vezes se perdem com as traduções.
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ana disse...

Sob as águias silenciosas, a imensidão carece de significado.

livro do frio

anjo disse...

É muitooooooooooooooooooooooooo bonito_______________________

Abraço «««